segunda-feira, outubro 30, 2006

"Quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores?" Vinícius de Moraes



Este post é dedicado a todos os meus amigos da blogosfera (aqueles que constam dos meus links) e que gostam de Vinícius (penso que sejam todos) :)
De modo particular à MT que me chamou a atenção para este filme e que penso que já teve um poema dele no seu blog, embora hoje não o consiga encontrar, mas ia jurar que tinha visto. Ao Portocroft que me ensinou a gostar de Vinícius e de muitos outros poetas. À Amok_she que tem também um poema no seu blog.
Noutro post falarei do filme que é mais um documentário.
Depois de estar duas horas a ouvir Vinícius cantado e declamado por Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto e muitos outros só me apeteceu aplaudir no final (depois lembrei-me que estava num cinema e que não era o local indicado para tal manifesto)
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domingo, outubro 29, 2006

O meu passeio matinal de hoje :)




De tarde fiz outra coisa completamente diferente :)
Esta é para a MT adivinhar :) Posted by Picasa

sábado, outubro 28, 2006

Isto não é um post mas uma tentativa de o ser

Este post é muito teimoso, ou não entra ou se entra desformata-me o blog. Vamos ver o que acontece hoje! Se por acaso acontecer alguma destas situações deito-o no "lixo". Prontus...caso arrumado :) Sim, porque no outro dia tinha acabado de escrever um texto (enorme) sim, enorme :), mas como nunca faço copy/paste, perdi tudo e agora já não me apetece escrever outro texto sobre o mesmo assunto. Eu avisei, isto não é um post.

Estas fotos são de Serpa - Alentejo. Estive lá, faz este fim de semana quinze dias.

entrada (ou melhor saída) do restaurante Adega Regional Molhó Bico
vista de uma ameia do castelo
entrada do castelo (pelo menos, eu ia a entrar) :)
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segunda-feira, outubro 23, 2006

Maria Antonieta


O filme de Sofia Coppola baseado na biografia de Antonia Fraser (mulher do dramaturgo Harold Pinter - prémio Nobel da Literatura de 2005) resgata a figura desta rainha Francesa de origem Austríaca, num filme em que o presente e o passado se interpenetram, quer pela música (uma mistura de música do séc: XVIII pré-neo-romântica e música contemporânea pop, rock, punk), quer através da própria figura de Maria Antonieta que nos é apresentada como uma adolescente frágil, vulnerável e inadaptada ao ambiente para onde foi transportada [a corte do Palácio de Versalhes em vésperas da Revolução Francesa (1789)] e uma mulher aparentemente fútil, frívola, amante do prazer pelo prazer em que se transformou depois da desilusão em que se tornou o seu casamento com o delfim de França e o ambiente de intriga em que vivia.
Maria Antonieta, antes de ser odiada pelo povo (cuja vida miserável contrastava com a sua) foi odiada, mais veementemente, pela aristocracia que a acusava de dar uma imagem negativa da monarquia (no filme, Sofia Coppola parece fazer uma comparação de Maria Antonieta com Diana de Gales).
Quase no final, e já com o povo em fúria, em frente de Versalhes, Maria Antonieta aparece na varanda principal do Palácio e inclina-se (abrindo os braços sobre o parapeito de pedra da varanda) em frente a esse mesmo povo que a odeia e a decapita mais tarde. Nesse momento um silêncio respeitoso, surpreso e, atrever-me-ia a dizer, afável percorre a multidão, mas é apenas um momento breve que se torna num motor mais poderoso para os acontecimentos seguintes (a destruição do Palácio e com ele da monarquia). Um filme que vale a pena ver.

terça-feira, outubro 17, 2006

O Canto dos Contos


Guia dos Membros do Canto de Contos.

Beatriz, - Wisdom, that’s what i’ve aspired
Bill, - Realidade Torta
Clarissa, - Instantes Clarissa
Conteúdo latente, - Conteúdo Manifesto
Ipslon, - Tetros
Isa, - Piano
Maite, - A quilómetros de mim
Parrot, - Incomplete
Pedro Pinto, - Sexta Feira-Thales
PiresF, - A Rua dos Contos
Raquel, - (…)
Rui Semblano, - A Sombra
Vanessa, - Voz Calada
Beatriz, - Se perguntarem por mim, digam que voei
Kaotica, - O Pafuncio
Klatuu, - Crónicas da peste
Legível, - Papel de fantasia
Luís Teixeira, - Chama lunar
Rafaela, - Fragmentos de um espelho
Ruy Soares, - Blogdoruy
TB, - Linhas de pensamento
Teresa Durães - Voando por aí

As palavras

Ao escrever sobre o que sentimos acabamos por vezes a sentir o que escrevemos porque o escrevemos. Explico-me. Às vezes, escrevem-se coisas porque vão umas com as outras, porque rimam significados ou simplesmente ficam bem. Porque as palavras procuram outras de uma certa maneira irrecusável. E depois já está. As palavras possuem esse poder de moldar o que a mão ao escrevê-las queria dizer. Escrever não é um acto de um sentido só, uma espécie de rua de sentido único entre o que temos dentro e o que aparece de fora, escrito. Este «de fora» que parece ser a escrita, se molda o que depois ao ler sentimos, é porque está ainda «de dentro». Mas às vezes o cansaço apodera-se de nós, e temos vontade de parar. Não sei se de escrever, se de sentir, possivelmente de estar sempre a pensar nisso. Parar: vontade de fechar os olhos e ver.

Dylan Thomas - A mão ao assinar este papel.

terça-feira, outubro 10, 2006

A Bend in the River / The waste Land

At one end of the cleared area were thatched huts; the place had become a fishing village again. The sinking sun shot through layers of grey clouds; the water turned from brown to gold to red to violet. And there was the steady noise of the rapids, innumerable little cascades of water over rock. The darkness came; and sometimes the rain came as well, and to the sound of the rapids was added the sound of rain on water.
Always, sailing up from the south, from beyond the bend in the river, were clumps of water hyacinths, dark floating islands on the dark river, bobbing over the rapids. It was as if rains and river were tearing away bush from the heart of the continent and floating it down to the ocean, incalculable miles away. But the water hyacinth was the fruit of the river alone. The tall lilac flower had appeared only a few years before, and in the local language there was no word for it. The people still called it 'the new thing' or 'the new thing in the river', and to them it was another enemy. Its rubbery vines and leaves formed thick tangles of vegetation that adhered to the river banks and clogged up waterways. It grew fast, faster than men could destroy it with the tools they had. The channels to the villages had to be constantely cleared. Night and day the water hyacinth floated up from the south, seeding itself as it travelled.


V.S.Naipaul in A bend in the River

April is the crullest month, breeding
Lilacs out of the dead land, mixing
Memory and desire, stirring
Dull roots with spring rain
Winter kept us warm, covering
Earth in forgetful snow, feeding
A little life with dried tubers
......................................
Or your shadow at evening rising to meet you;
I will show you fear in a handful of dust
......................................
'You gave me hyacinths first a year ago;
They called me the hyacinth girl.'
- Yet when we came back, late, from the Hyacinth garden,
Your arms full, and your hair wet, I could not
Speak, and my eyes failed, I was neither
Living nor dead, and I knew nothing,
Looking into the heart of light, the silence.
......................................


T.S. Eliot in The waste Land

sábado, outubro 07, 2006

Imagens Fantasmagóricas :)

Adivinhem onde estive hoje? :)
Se adivinharem, e dado a dificuldade da tarefa, o prémio é um chocolate enOOrme. :)




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quarta-feira, outubro 04, 2006

A saga dos Amores Perfeitos

(1ª versão)
(2ª versão)

Ontem foi dia de replantar os meus amores perfeitos (aqueles de uns posts mais abaixo). Digamos que...é uma actividade relaxante!...estive mais de meia hora a replantar quase um por um (sobraram muitos). Hoje disseram-me que os amores perfeitos não se replantam assim (como se vê na 1ª versão), porque a haste cresce imenso desnecessariamente e não ficam bonitos. Então...hoje desplantei-os todos e voltei a replantá-los (como se vê na 2ª versão). Digamos que...estou imensamente relaxada grrrr :) Agora, só espero que me façam o favor de ser os mais bonitos de um raio de cinquenta quilómetros, no mínimo. :) Posted by Picasa

domingo, outubro 01, 2006

As minhas cores preferidas de Outono

(foto tirada da Net)
THIS Land of Rainbows spanning glens whose walls,
Rock-built, are hung with rainbow-coloured mists
Of far-stretched Meres whose salt flood never rests
Of tuneful Caves and playful Waterfalls
Of Mountains varying momently their crests
Proud be this Land!
William Wordsworth
(poema escrito no Outono de 1831 na Escócia)