quinta-feira, setembro 28, 2006

Livros que não se podem deixar a meio

Ontem recomecei a ler o livro de V.S. Naipaul, A Bend in the River depois de o ter deixado a meio há anos. Recomecei ontem à noite, depois de ter lido uma crónica no blogda-se.blogspot. Mas como detesto recomeçar a ler do meio, voltei ao início.
É uma saga no interior de África e o livro começa com Salim a fazer a viagem desde a "east coast" para o interior, precisamente a inversa que os escravos negros fizeram durante séculos. O pormenor com que Naipaul descreve esta viagem é surpreendente. Tem a capacidade de nos fazer mergulhar no interior profundo de África e sem desejo de regresso, tal como Salim Each day's drive was like an achievement; each day's achievement made it harder for me to turn back. As personagens que mais o marcam são seres misteriosos como Zabeth, uma marchande que vive junto do seu povo no mato e que vem àquela cidade, praticamente destruida, para comprar produtos e vender ao seu povo. Salim é um muslim, mas as suas raizes perdem-se no tempo. Sabe apenas que a sua família tem laços remotos com os Hindus of the north-westen India. Aliás o tempo cronológico é algo estranho à sua família. Neither my father nor my grandfather could put dates to their stories. Not because they had forgotten or were confused; the past was simply the past. Penso que Salim, ao mudar-se para o centro de África, quer afastar-se deste paradigma familiar que o deprime.
O livro começa com esta frase extrordinária The world is what it is; men who are nothing, who allow themselves to become nothing, have no place in it.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Hoje apetece-me terminar o dia assim...com citações

Estou aqui perante vós, não como um profeta, mas como humilde servo vosso, do povo. - Nelson Mandela, quando saiu da prisão onde esteve durante 18 longos anos

A coragem, a tenacidade, a dignidade e a magnanimidade - Kofi Annan a falar de Mandela

Queria ser livre, pelo que deitei toda aquela raiva para trás das costas - Nelson Mandela

sábado, setembro 23, 2006

Amores Perfeitos


Hoje estive a ler o "Sol"...pois... já é sábado (a semana passa a correr). Entre artigos de política nacional e internacional, há outros artigos que me dá gozo ler, como por exemplo um de António Pedro Vasconcelos, "O Clube dos Poetas Vivos" em que ele reclama da nossa "nostalgia" por poetas mortos e da pseudo questão da "decadência da arte actual". Claro que não podemos esquecer os "ícones" do passado mas não devemos desvalorizar a poesia que se faz actualmente e contapõe O'Neil e Jorge de Sena a Ségio Godinho, Jorge Palma ou Carlos Tê (penso que poderia ter incluído muitos mais), como o Brasil de Drummond e Melo Neto tem agora Caetano e Chico Buarque (já tenho bilhete para ir ver este último no Coliseu) :) Cada época "sempre encontrou uma forma própria e quase inesperada de exprimir os seus anseios". E a propósito desta afirmação de APV, na segunda-feira, "CÊ" de Caetano Veloso vai estar já nas lojas. Um disco que traduz, segundo o artigo que vem ao lado daquele de que tenho estado a falar, a atitude do músico ao longo da sua carreira (sempre em evolução). E para aqueles que, eventualmente, pensassem que, com a idade, ele iria percorrer "terrenos menos acidentados", aqui está uma enorme surpresa (penso eu de que).
E falando agora de coisas light (ou talvez nem tanto assim, no fim de contas) o artigo de Margarida Rebelo Pinto, "Kamasutra para quê?". Realmente para quê? Porque no fim de contas (estou a repetir vocabulário) o que importa é mesmo a química (amor) entre duas pessoas, o resto vem por acréscimo e com muita imaginação.
Bem...mas na verdade eu nem queria falar em nada disto, mas sim da minha recente sementeira de amores perfeitos que (segundo a embalagem) deveria replantar passados quatro meses e já nasceram (como se pode ver na foto). Desconfio que (passadas que foram, sensivelmete, duas semanas após a sementeira) tenho de os replantar porque sinto que estão muito "apertados" naquele pequeno vaso :). Bem...também não percebo porque é que os de um vaso ainda não nasceram (só tem um ou dois) :(


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quinta-feira, setembro 21, 2006

Mar Português

foto tirada na costa Portuguesa :)

I wonder
What's it like...
To hear your heart beating
To be closed in your arms
To touch your skin
To listen sweet words in my ear
To look in your eyes deep inside
To feel the flavour of your mouth
And the wonder of wonders...
To feel the love I feel for you.


Maite
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quarta-feira, setembro 20, 2006

To my very special cyberfriends :)

...todos os que figuram nos meus links :)

foto tirada a flores silvestres em pleno campo :)
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segunda-feira, setembro 18, 2006

Ainda durante as férias :)

Hamlet - Shakespeare
Quinta da Regaleira - Seteais - Sintra





Fui ver a peça representada pelo grupo de teatro Tapafuros. Apesar da abordagem tradicional, o palco era muito informal e não se resumia a um palco apenas. O público era convidado a seguir os actores por um determinado percurso da quinta (como se pode ver nas fotos).
E a propósito desta peça lembrei-me de um poema Inglês de Fernando Pessoa traduzido por José Blanc de Portugal:

Quantas - quantas sobrepostas máscaras usamos
Sobre a face de nossa alma? - e mais, quando
Se para seu bel-prazer, se a desmacaramos,
Sabe ela, sem a derradeira, sua face estar fitando?
A verdadeira máscara seu reverso não conhece;
Para fora apenas olham seus olhos mascarados;
Qual for o sentir ou consciência que comece,
Aceitar é já tê-los adormentados.
Como criança assustada de um espelho pela imagem
Crianças, almas nossas, de pensar perdido,
Outrem fingem nos seus esgares miragem,
De sua origem criando um mundo esquecido.
E quando a alma mascarada um pensamento fosse desvelar
Nem ele mesmo vai desmascarado p´ra a desmascarar.
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sexta-feira, setembro 15, 2006

O Princípio das Férias

Suiça

Bern

Sankt Gallen

Appenzell

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sexta-feira, setembro 08, 2006

O final das férias...

...no areal dourado :)

Portimão 2006 - Praia da Rocha às 9 da manhã
Durante a manhã...ou dentro de água ou de "papo para o ar" :)
Bem...não foi só isso...afinal...fartei-me de fazer exercício dentro e fora de água :)

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...momento cultural :)

Silves 2006 - Fábrica do Inglês - Os Rhythm of the Dance

90 minutos de êxtase diante de dançarinos, cantores e músicos magníficos.
A Irlanda no seu esplendor.
(cheguei a perguntar-me como é que mulheres quase "esqueléticas" conseguiam ter tanta energia em cima do palco)
Impressionou-me imensamente uma das violinistas que, a solo, tocou e dançou sapateado simultaneamente.
Brilhantes.

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