sexta-feira, dezembro 29, 2006

E porque me faltam as palavras...



Um Feliz 2007 para todos

terça-feira, dezembro 26, 2006

Ainda a propósito de Natal

"Quando celebra, o Homem faz memória. Memória de momentos felizes, de conquistas, de sonhos realizados. E celebra com o mesmo brilho as festas que são só suas e aquelas que são de todos."

terça-feira, dezembro 19, 2006

Para os que tropeçarem neste blog, um Feliz Natal

O Holy night/O night divine- Corrs

domingo, dezembro 10, 2006

Entre bonecos de neve :o)

(aquilo é a cara de um boneco de neve, ok?)

Corria o ano de 1967 e a pequena aldeia escondida no meio dos montes preparava-se para comemorar o Natal. O forno comunitário era o ponto de encontro das mulheres e onde se preparavam as mais diversas iguarias natalícias sempre acompanhadas de grandes nacos de conversa onde os temas variavam entre, a filosofia de trazer por casa e as notícias dos entes queridos. Por outro lado, os homens prosseguiam a sua azáfama na recolha de enormes troncos que depositavam no adro da igreja e se destinavam à grande fogueira de Natal. Aos miúdos era-lhes interdita a entrada nos ambientes dos adultos não lhes restando outra alternativa a não ser, ficarem entretidos a enrolar a neve em pequenas bolas que faziam rolar pela praça tornando-as gigantescas, comparadas com o seu petiz tamanho. Depois, encavalitando-se uns nos outros punham uma bola sobre a outra fazendo nascer assim os bonecos de neve que, enfeitavam com qualquer adereço que encontrassem ali, à mão de semear. A praça enchia-se, então, de enormes seres brancos que sorriam ao ver a alegria catraia que os rodeava. Mas o grande momento por que todos ansiavam estava para chegar, como acontecia todos os anos na véspera de Natal e já se sentia, no ar gélido de Dezembro, a expectativa que antecede os grandes acontecimentos que só as crianças realmente saboreiam.
A sra Etelvina era uma velhota pequenina e curvada pelo peso dos anos e pela fadiga de tantos caminhos percorridos na sua lida. Ninguém como ela conhecia aqueles montes e vales que separam, delicadamente, Portugal e Espanha. Delicadamente, é como quem diz, porque a fronteira era guardada, com unhas e dentes, por autênticos bulldogs que, se pudessem e os apanhassem, não deixavam de massacrar aqueles que se atreviam a fazer do pequeno contrabando o seu modo de vida. A Ti Vina, como os miúdos gostavam de lhe chamar, era uma destemida contrabandista de produtos de primeira necessidade e que vinha à aldeia para vender aquilo de que os aldeões careciam, a preços mais condizentes com os seus parcos rendimentos. Então perguntam-me vocês a causa de tanto alvoroço neste dia! Pois!…é que neste dia, todos os santos anos, a Ti Vina vinha à aldeia com mais tempo e depois de ter vendido tudo o que trazia literalmente às costas, dirigia-se para a praça, junto ao fontanário, onde as crianças já tinham ocupado o seu lugar à sua espera. Ela aparecia no meio delas, toda vestida de negro e com um xaile que lhe cobria grande parte do rosto encarquilhado e trigueiro que uns olhos de azeviche iluminavam. Olhava cada um deles atentamente e depois de se certificar que todos se tinham portado bem naquele ano, abria uma grande caixa de galhetas espanholas. Dezenas de pequenos braços estendiam-se até à caixa mas sem se atropelarem, pois sabiam que a Ti Vina arranjava sempre maneira de as galhetas chegarem para todos. Depois, seguia-se o momento mágico no meio de grandes e pequenas trincadelas nervosas nas bolachas…os contos…pois, os contos que a velha contrabandista lhes contava e que eram o melhor presente de Natal. Não eram contos de príncipes e princesas, eram histórias verdadeiras, contadas na primeira pessoa, autênticas aventuras que os faziam saltar os muros esdrúxulos que prendiam as suas almas. Ao anoitecer a Ti Vina fazia questão de se retirar de forma discreta e no meio da azáfama vespertina só os miúdos a viam desaparecer na última curva como ponto final que põe fim a um parágrafo.
A sra Etelvina nunca mais apareceu nas redondezas. Conta a lenda que naquela mesma noite um anjo, vestido de um branco tão alvo quanto a neve, a salvou de uma emboscada de salteadores e a levou para um reino longínquo, onde ocupa o digníssimo e alto cargo de “Contadora de histórias” para miúdos, graúdos e todos aqueles que gostam de ouvir contos.

Clique em cada link para ler os contos de todos os participantes nesta 5ª edição dos desafio de criação do Canto de Contos cujo mote é "Um conto de Natal"

Membros do Canto de Contos
Bill, Clarissa, Conteúdo Latente, Ipslon, Isa, Maite, Parrot, Pedro Pinto, PiresF, Raquel, Rui Semblano, Vanessa,
Convidados
Beatriz, Kaotica, Klatuu, Legível, Luís Teixeira, Rafaela, Ruy Soares, TB, Teresa Durães

sábado, dezembro 09, 2006

terça-feira, novembro 28, 2006

E continuando a ler A Bend in the River

If you look at a column of ants on the march you will see that there are some who are stragglers or have lost their way. The column has no time for them; it goes on. Sometimes the stragglers die. But even this has no effect on the column. There is a little disturbance around the corpse, which is eventually carried off – and then it appears so light. And all the time the great busyness continues, and apparent sociability, that rite of meeting and greeting which ants travelling in opposite directions, to and from their nest, perform without fail.
……………………………………………………………………………………………
We were simple men with civilizations but without homes. Whenever we were allowed to, we did the complicated things we had to do, like the ants. We had the occasional comfort of reward, but in good times or bad we lived with the knowledge that we were expendable, that our labour might at any moment go to waste, that we ourselves might be smashed up; and that others would replace us. To us that was the painful part, that others would come at the better time. But we were like the ants; we kept on.

sábado, novembro 25, 2006

Isley/Jasper/Isley - Caravan of Love (1985)

sexta-feira, novembro 24, 2006

E porque hoje gostei de ouvir esta música logo pela manhã

Ooh...ooh...ooh..
Ooh...ooh...ooh..

Are you ready for the time of your life
It's time to stand up and fight
(It's alright) It's alright (It's alright, it's alright)
Hand in hand we'll take a caravan
To the motherland

One by one we're gonna stand with the pride
One that can't be denied
(Stand up, stand up, stand up, stand up)
From the highest mountain, and valley low
We'll join together, with hearts of gold

Now the children of the world can see
There's a better way for us to be
The place where mankind was born
Is so neglected and torn... torn apart

Every woman, every man
Join the caravan of love (Stand up, stand up, stand up)
Everybody take a stand
Join the caravan of love

I'm your brother
I'm your brother, don't you know

She's my sister
She's my sister, don't you know

We'll be living in a world of peace
In a day when everyone is free
We'll bring the young and the old
Won't you let your love flow from your heart

I'm your brother
I'm your brother, don't you know
She's my siter
She's my sister, don't you know

Are you ready for the time of your life
(Are you ready, are you ready)
Are you ready for the time of your life
(Are you ready, are you ready)

ISLEY BROTHERS "Caravan Of Love" Lyrics (shortened)

segunda-feira, novembro 20, 2006

Os melhores dos melhores

O melhor blog de videos: MT
O melhor blog de ideias contrárias às minhas: Amok_she
O melhor blog de pensamentos joviais:Parrot
O melhor blog de contos:PiresF
O melhor blog de histórias:Legível
O melhor blog estrangeiro:Bill
O melhor blog sobre África:Carlos Narciso
O melhor blog de escrita intimista:Clarissa
O melhor blog de poesia e música:Portocroft

Estes são os melhores dos melhores porque são aqueles que eu gosto de ler. Tão simples quanto isso.
Este post nao estará aberto a comentários de modo a evitar agradecimentos ou reclamações. Sim, porque às vezes também não sou nada democrática :)

domingo, novembro 19, 2006

quinta-feira, novembro 16, 2006

Novo Desafio

Um conto de Natal, sim um conto de Natal :)
Ok, prontus. Eu sou suspeita porque gosto de contos de Natal embora, digo desde já, que não fui eu que escolhi este mote para o novo desafio.

A publicação dos contos será em simultâneo, como consta do regulamento interno do Canto de Contos, no blog de cada um dos participantes. Temos mais alguns participantes como tive oportunidade de ver n' A Rua dos Contos. :)

Desta vez será no dia 10 de Dezembro às 21 horas.

Bill, - Realidade Torta
Clarissa, - Instantes Clarissa
Conteúdo Latente, - Conteúdo Manifesto
Ipslon, - Tetros
Isa, - Piano
Maite, - A quilómetros de mim
Parrot, - Incomplete
Pedro Pinto, - Sexta Feira-Thales
PiresF, - A Rua dos Contos
Raquel, - (…)
Rui Semblano, - A Sombra
Vanessa, - Voz Calada

domingo, novembro 12, 2006

Ora, novamente o séc. XVIII e a França. Sim, porque depois de ver “Maria Antonieta” e os ambientes faustosos da corte, este filme mostra-nos a precariedade, a imundície, a animalidade em que o povo vivia na mesma época. Uma criança que é “parida” literalmente no ambiente mais indescritível que se possa imaginar e no mesmo instante abandonada às traças. E o “dom” com que nasce e que parece que irá projectá-la para um mundo fora do seu (daquele onde nasceu), será a sua própria destruição que ele procura como fim para o seu próprio desespero. Tem ou poderá ter tudo a seus pés (possui algo mais valioso que o próprio dinheiro), mas carece daquilo que todo o ser humano mais deseja (a capacidade de amar e ser amado).
Não li o livro, por isso não posso fazer comparações embora tenha lido algures que Patrick Süskind se recusou, durante dez anos, a vender os direitos de autor. Penso que ao filme falta aquilo que toda a gente fala sobre o livro. Pelo menos, eu não consegui comprová-lo. No entanto, é de salientar a interpretação extraordinária do jovem actor Ben Whishaw no papel de Jean-Baptiste Grenouille.

sábado, novembro 11, 2006

Hoje nevou em Lisboa :o) (isto é a cara de um boneco de neve)

...sim, nevou...só um bocadinho, prontus. E daquela varanda cantaram-se cantos de Natal :) Posted by Picasa

segunda-feira, novembro 06, 2006

E porque hoje Sophia de Mello Breyner Andresen faria 87 anos...

Pátria

Por um país de pedra e vento duro
Por um país de luz perfeita e clara
Pelo negro da terra e pelo branco do muro

Pelos rostos de silêncio e de paciência
Que a miséria longamente desenhou
Rente aos ossos com toda a exatidão
Do longo relatório irrecusável

E pelos rostos iguais ao sol e ao vento

E pela limpidez das tão amadas
Palavras sempre ditas com paixão
Pela cor e pelo peso das palavras
Pelo concreto silêncio limpo das palavras
Donde se erguem as coisas nomeadas
Pela nudez das palavras deslumbradas

— Pedra rio vento casa
Pranto dia canto alento
Espaço raiz e água
Ó minha pátria e meu centro

Me dói a lua me soluça o mar

E o exílio se inscreve em pleno tempo.

Sophia Mello Breyner Andresen

A hora da chuva, invariavelmente ao fim da tarde, era a sua hora preferida dos dias. Assinalava o fim do trabalho, a bebida fresca no terraço à sua espera, o duche frio que antecedia o jantar. E silenciava todos os sons à roda, encharcava o calor sufocante da atmosfera, fazia subir no ar um perfume de terra molhada que afastava por instantes aquela cápsula gigante de clorofila em que eles viviam mergulhados nas ilhas. Era como se o céu inteiro rebentasse de repente, incapaz de adiar por mais tempo uma insustentável contenção: como o prazer suspenso até ao limite no corpo da mulher. Então, a ilha inteira libertava-se daquele sufoco, da agonia das horas escorridas em suor, daqueles dias de uma violência sem tréguas. Na cidade, fechavam-se as portas e os taipais das lojas...

Miguel Sousa Tavares in Equador

quinta-feira, novembro 02, 2006

A arte poética

Dizem
Esquecem
Não dizem?
Disseram.

Fazem?
Fatal
Não fazem?
Igual.

Porquê
Esperar?
- Tudo é
Sonhar.

Fernando Pessoa

A palavra poética é a um tempo desintegradora e integrante. Indetermina os significados, não para destruir o sentido, mas para criar novas significações que representem uma maneira nova de ser ou de estar no mundo.

António Ramos Rosa

segunda-feira, outubro 30, 2006

"Quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores?" Vinícius de Moraes



Este post é dedicado a todos os meus amigos da blogosfera (aqueles que constam dos meus links) e que gostam de Vinícius (penso que sejam todos) :)
De modo particular à MT que me chamou a atenção para este filme e que penso que já teve um poema dele no seu blog, embora hoje não o consiga encontrar, mas ia jurar que tinha visto. Ao Portocroft que me ensinou a gostar de Vinícius e de muitos outros poetas. À Amok_she que tem também um poema no seu blog.
Noutro post falarei do filme que é mais um documentário.
Depois de estar duas horas a ouvir Vinícius cantado e declamado por Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto e muitos outros só me apeteceu aplaudir no final (depois lembrei-me que estava num cinema e que não era o local indicado para tal manifesto)
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domingo, outubro 29, 2006

O meu passeio matinal de hoje :)




De tarde fiz outra coisa completamente diferente :)
Esta é para a MT adivinhar :) Posted by Picasa

sábado, outubro 28, 2006

Isto não é um post mas uma tentativa de o ser

Este post é muito teimoso, ou não entra ou se entra desformata-me o blog. Vamos ver o que acontece hoje! Se por acaso acontecer alguma destas situações deito-o no "lixo". Prontus...caso arrumado :) Sim, porque no outro dia tinha acabado de escrever um texto (enorme) sim, enorme :), mas como nunca faço copy/paste, perdi tudo e agora já não me apetece escrever outro texto sobre o mesmo assunto. Eu avisei, isto não é um post.

Estas fotos são de Serpa - Alentejo. Estive lá, faz este fim de semana quinze dias.

entrada (ou melhor saída) do restaurante Adega Regional Molhó Bico
vista de uma ameia do castelo
entrada do castelo (pelo menos, eu ia a entrar) :)
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segunda-feira, outubro 23, 2006

Maria Antonieta


O filme de Sofia Coppola baseado na biografia de Antonia Fraser (mulher do dramaturgo Harold Pinter - prémio Nobel da Literatura de 2005) resgata a figura desta rainha Francesa de origem Austríaca, num filme em que o presente e o passado se interpenetram, quer pela música (uma mistura de música do séc: XVIII pré-neo-romântica e música contemporânea pop, rock, punk), quer através da própria figura de Maria Antonieta que nos é apresentada como uma adolescente frágil, vulnerável e inadaptada ao ambiente para onde foi transportada [a corte do Palácio de Versalhes em vésperas da Revolução Francesa (1789)] e uma mulher aparentemente fútil, frívola, amante do prazer pelo prazer em que se transformou depois da desilusão em que se tornou o seu casamento com o delfim de França e o ambiente de intriga em que vivia.
Maria Antonieta, antes de ser odiada pelo povo (cuja vida miserável contrastava com a sua) foi odiada, mais veementemente, pela aristocracia que a acusava de dar uma imagem negativa da monarquia (no filme, Sofia Coppola parece fazer uma comparação de Maria Antonieta com Diana de Gales).
Quase no final, e já com o povo em fúria, em frente de Versalhes, Maria Antonieta aparece na varanda principal do Palácio e inclina-se (abrindo os braços sobre o parapeito de pedra da varanda) em frente a esse mesmo povo que a odeia e a decapita mais tarde. Nesse momento um silêncio respeitoso, surpreso e, atrever-me-ia a dizer, afável percorre a multidão, mas é apenas um momento breve que se torna num motor mais poderoso para os acontecimentos seguintes (a destruição do Palácio e com ele da monarquia). Um filme que vale a pena ver.

terça-feira, outubro 17, 2006

O Canto dos Contos


Guia dos Membros do Canto de Contos.

Beatriz, - Wisdom, that’s what i’ve aspired
Bill, - Realidade Torta
Clarissa, - Instantes Clarissa
Conteúdo latente, - Conteúdo Manifesto
Ipslon, - Tetros
Isa, - Piano
Maite, - A quilómetros de mim
Parrot, - Incomplete
Pedro Pinto, - Sexta Feira-Thales
PiresF, - A Rua dos Contos
Raquel, - (…)
Rui Semblano, - A Sombra
Vanessa, - Voz Calada
Beatriz, - Se perguntarem por mim, digam que voei
Kaotica, - O Pafuncio
Klatuu, - Crónicas da peste
Legível, - Papel de fantasia
Luís Teixeira, - Chama lunar
Rafaela, - Fragmentos de um espelho
Ruy Soares, - Blogdoruy
TB, - Linhas de pensamento
Teresa Durães - Voando por aí

As palavras

Ao escrever sobre o que sentimos acabamos por vezes a sentir o que escrevemos porque o escrevemos. Explico-me. Às vezes, escrevem-se coisas porque vão umas com as outras, porque rimam significados ou simplesmente ficam bem. Porque as palavras procuram outras de uma certa maneira irrecusável. E depois já está. As palavras possuem esse poder de moldar o que a mão ao escrevê-las queria dizer. Escrever não é um acto de um sentido só, uma espécie de rua de sentido único entre o que temos dentro e o que aparece de fora, escrito. Este «de fora» que parece ser a escrita, se molda o que depois ao ler sentimos, é porque está ainda «de dentro». Mas às vezes o cansaço apodera-se de nós, e temos vontade de parar. Não sei se de escrever, se de sentir, possivelmente de estar sempre a pensar nisso. Parar: vontade de fechar os olhos e ver.

Dylan Thomas - A mão ao assinar este papel.

terça-feira, outubro 10, 2006

A Bend in the River / The waste Land

At one end of the cleared area were thatched huts; the place had become a fishing village again. The sinking sun shot through layers of grey clouds; the water turned from brown to gold to red to violet. And there was the steady noise of the rapids, innumerable little cascades of water over rock. The darkness came; and sometimes the rain came as well, and to the sound of the rapids was added the sound of rain on water.
Always, sailing up from the south, from beyond the bend in the river, were clumps of water hyacinths, dark floating islands on the dark river, bobbing over the rapids. It was as if rains and river were tearing away bush from the heart of the continent and floating it down to the ocean, incalculable miles away. But the water hyacinth was the fruit of the river alone. The tall lilac flower had appeared only a few years before, and in the local language there was no word for it. The people still called it 'the new thing' or 'the new thing in the river', and to them it was another enemy. Its rubbery vines and leaves formed thick tangles of vegetation that adhered to the river banks and clogged up waterways. It grew fast, faster than men could destroy it with the tools they had. The channels to the villages had to be constantely cleared. Night and day the water hyacinth floated up from the south, seeding itself as it travelled.


V.S.Naipaul in A bend in the River

April is the crullest month, breeding
Lilacs out of the dead land, mixing
Memory and desire, stirring
Dull roots with spring rain
Winter kept us warm, covering
Earth in forgetful snow, feeding
A little life with dried tubers
......................................
Or your shadow at evening rising to meet you;
I will show you fear in a handful of dust
......................................
'You gave me hyacinths first a year ago;
They called me the hyacinth girl.'
- Yet when we came back, late, from the Hyacinth garden,
Your arms full, and your hair wet, I could not
Speak, and my eyes failed, I was neither
Living nor dead, and I knew nothing,
Looking into the heart of light, the silence.
......................................


T.S. Eliot in The waste Land

sábado, outubro 07, 2006

Imagens Fantasmagóricas :)

Adivinhem onde estive hoje? :)
Se adivinharem, e dado a dificuldade da tarefa, o prémio é um chocolate enOOrme. :)




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quarta-feira, outubro 04, 2006

A saga dos Amores Perfeitos

(1ª versão)
(2ª versão)

Ontem foi dia de replantar os meus amores perfeitos (aqueles de uns posts mais abaixo). Digamos que...é uma actividade relaxante!...estive mais de meia hora a replantar quase um por um (sobraram muitos). Hoje disseram-me que os amores perfeitos não se replantam assim (como se vê na 1ª versão), porque a haste cresce imenso desnecessariamente e não ficam bonitos. Então...hoje desplantei-os todos e voltei a replantá-los (como se vê na 2ª versão). Digamos que...estou imensamente relaxada grrrr :) Agora, só espero que me façam o favor de ser os mais bonitos de um raio de cinquenta quilómetros, no mínimo. :) Posted by Picasa

domingo, outubro 01, 2006

As minhas cores preferidas de Outono

(foto tirada da Net)
THIS Land of Rainbows spanning glens whose walls,
Rock-built, are hung with rainbow-coloured mists
Of far-stretched Meres whose salt flood never rests
Of tuneful Caves and playful Waterfalls
Of Mountains varying momently their crests
Proud be this Land!
William Wordsworth
(poema escrito no Outono de 1831 na Escócia)

quinta-feira, setembro 28, 2006

Livros que não se podem deixar a meio

Ontem recomecei a ler o livro de V.S. Naipaul, A Bend in the River depois de o ter deixado a meio há anos. Recomecei ontem à noite, depois de ter lido uma crónica no blogda-se.blogspot. Mas como detesto recomeçar a ler do meio, voltei ao início.
É uma saga no interior de África e o livro começa com Salim a fazer a viagem desde a "east coast" para o interior, precisamente a inversa que os escravos negros fizeram durante séculos. O pormenor com que Naipaul descreve esta viagem é surpreendente. Tem a capacidade de nos fazer mergulhar no interior profundo de África e sem desejo de regresso, tal como Salim Each day's drive was like an achievement; each day's achievement made it harder for me to turn back. As personagens que mais o marcam são seres misteriosos como Zabeth, uma marchande que vive junto do seu povo no mato e que vem àquela cidade, praticamente destruida, para comprar produtos e vender ao seu povo. Salim é um muslim, mas as suas raizes perdem-se no tempo. Sabe apenas que a sua família tem laços remotos com os Hindus of the north-westen India. Aliás o tempo cronológico é algo estranho à sua família. Neither my father nor my grandfather could put dates to their stories. Not because they had forgotten or were confused; the past was simply the past. Penso que Salim, ao mudar-se para o centro de África, quer afastar-se deste paradigma familiar que o deprime.
O livro começa com esta frase extrordinária The world is what it is; men who are nothing, who allow themselves to become nothing, have no place in it.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Hoje apetece-me terminar o dia assim...com citações

Estou aqui perante vós, não como um profeta, mas como humilde servo vosso, do povo. - Nelson Mandela, quando saiu da prisão onde esteve durante 18 longos anos

A coragem, a tenacidade, a dignidade e a magnanimidade - Kofi Annan a falar de Mandela

Queria ser livre, pelo que deitei toda aquela raiva para trás das costas - Nelson Mandela

sábado, setembro 23, 2006

Amores Perfeitos


Hoje estive a ler o "Sol"...pois... já é sábado (a semana passa a correr). Entre artigos de política nacional e internacional, há outros artigos que me dá gozo ler, como por exemplo um de António Pedro Vasconcelos, "O Clube dos Poetas Vivos" em que ele reclama da nossa "nostalgia" por poetas mortos e da pseudo questão da "decadência da arte actual". Claro que não podemos esquecer os "ícones" do passado mas não devemos desvalorizar a poesia que se faz actualmente e contapõe O'Neil e Jorge de Sena a Ségio Godinho, Jorge Palma ou Carlos Tê (penso que poderia ter incluído muitos mais), como o Brasil de Drummond e Melo Neto tem agora Caetano e Chico Buarque (já tenho bilhete para ir ver este último no Coliseu) :) Cada época "sempre encontrou uma forma própria e quase inesperada de exprimir os seus anseios". E a propósito desta afirmação de APV, na segunda-feira, "CÊ" de Caetano Veloso vai estar já nas lojas. Um disco que traduz, segundo o artigo que vem ao lado daquele de que tenho estado a falar, a atitude do músico ao longo da sua carreira (sempre em evolução). E para aqueles que, eventualmente, pensassem que, com a idade, ele iria percorrer "terrenos menos acidentados", aqui está uma enorme surpresa (penso eu de que).
E falando agora de coisas light (ou talvez nem tanto assim, no fim de contas) o artigo de Margarida Rebelo Pinto, "Kamasutra para quê?". Realmente para quê? Porque no fim de contas (estou a repetir vocabulário) o que importa é mesmo a química (amor) entre duas pessoas, o resto vem por acréscimo e com muita imaginação.
Bem...mas na verdade eu nem queria falar em nada disto, mas sim da minha recente sementeira de amores perfeitos que (segundo a embalagem) deveria replantar passados quatro meses e já nasceram (como se pode ver na foto). Desconfio que (passadas que foram, sensivelmete, duas semanas após a sementeira) tenho de os replantar porque sinto que estão muito "apertados" naquele pequeno vaso :). Bem...também não percebo porque é que os de um vaso ainda não nasceram (só tem um ou dois) :(


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quinta-feira, setembro 21, 2006

Mar Português

foto tirada na costa Portuguesa :)

I wonder
What's it like...
To hear your heart beating
To be closed in your arms
To touch your skin
To listen sweet words in my ear
To look in your eyes deep inside
To feel the flavour of your mouth
And the wonder of wonders...
To feel the love I feel for you.


Maite
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quarta-feira, setembro 20, 2006

To my very special cyberfriends :)

...todos os que figuram nos meus links :)

foto tirada a flores silvestres em pleno campo :)
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segunda-feira, setembro 18, 2006

Ainda durante as férias :)

Hamlet - Shakespeare
Quinta da Regaleira - Seteais - Sintra





Fui ver a peça representada pelo grupo de teatro Tapafuros. Apesar da abordagem tradicional, o palco era muito informal e não se resumia a um palco apenas. O público era convidado a seguir os actores por um determinado percurso da quinta (como se pode ver nas fotos).
E a propósito desta peça lembrei-me de um poema Inglês de Fernando Pessoa traduzido por José Blanc de Portugal:

Quantas - quantas sobrepostas máscaras usamos
Sobre a face de nossa alma? - e mais, quando
Se para seu bel-prazer, se a desmacaramos,
Sabe ela, sem a derradeira, sua face estar fitando?
A verdadeira máscara seu reverso não conhece;
Para fora apenas olham seus olhos mascarados;
Qual for o sentir ou consciência que comece,
Aceitar é já tê-los adormentados.
Como criança assustada de um espelho pela imagem
Crianças, almas nossas, de pensar perdido,
Outrem fingem nos seus esgares miragem,
De sua origem criando um mundo esquecido.
E quando a alma mascarada um pensamento fosse desvelar
Nem ele mesmo vai desmascarado p´ra a desmascarar.
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sexta-feira, setembro 15, 2006

O Princípio das Férias

Suiça

Bern

Sankt Gallen

Appenzell

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sexta-feira, setembro 08, 2006

O final das férias...

...no areal dourado :)

Portimão 2006 - Praia da Rocha às 9 da manhã
Durante a manhã...ou dentro de água ou de "papo para o ar" :)
Bem...não foi só isso...afinal...fartei-me de fazer exercício dentro e fora de água :)

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