What is more powerful than an unfulfilled love?
segunda-feira, maio 26, 2008
sábado, maio 17, 2008
Cenas ridículas do quotidiano
16h15m, Avenida António Augusto de Aguiar... percorro a rua de uma ponta à outra e nenhum lugar para estacionar.
-Bolas!
Por fim lá encontro um lugarzito. Estaciono à tangente. Enquanto arrumo a papelada, noto que o carro da frente vai sair.
-Boa!
Um carro está estacionado ao meu lado à espera do lugar, claro. Nem sequer penso nisso. Deixo deslizar o meu para o lugar do que saiu com o maior desplante. O outro fica furioso (ou melhor a outra). Ela bem tenta estacionar no lugar vazio atrás do meu mas não consegue e desiste.
-Azelhice dela...mas deve estar a rezar-me p'la alma!
Passados alguns segundos chega uma carrinha da mesma marca do meu carro e põe-se a estacionar. Olho pelo retrovisor.
-Bem! se a outra não conseguiu (e o carro era mais pequeno) este está a armar-se em esperto!
De súbito sinto um toque.
-UM TOQUE!
Abro o vidro e olho para trás capaz de o fulminar.
-Toquei-lhe? pergunta ele.
-Sim!
Sai do carro e vai ver os danos.
-Não foi nada! - diz - mas venha ver!
Eu saio do carro e vou verificar.
-Nada!
-Tenho sensores atrás mas não à frente! afirma ele.
-Pois!
Tiro tudo do carro e vou embora. Olho para trás...ele dirige-se para o lado oposto. De súbito, lembro-me que tenho de tirar o ticket do estacionamento. Volto para colocar o ticket. Ele também volta.
-Vou encostar o meu mais à frente não vá o diabo tecê-las! digo-lhe trocista
-Ah! não se preocupe, eu agora vou demorar imenso! - responde-me ele com o ar mais maroto
Eu sei, eu sei...falta o banco! mas é que naquela maldita rua não há bancos de jardim, a sério! Mas há árvores, isso há...todas em fila como soldados na parada. Sim, coitadas (penso eu), não é fácil ficar todo o dia debaixo de um sol tórrido a ver os humanos fazerem os maiores disparates ali mesmo por baixo delas.
No ligeiro bramir das suas folhas sacudidas pela brisa de uma primavera tardia, uma árvore ergue os olhos ao céu e exclama:
-Perdoai-lhes Senhor que de tão confusos não sabem o que fazem.
A que lhe está imediatamente a seguir olha-a de soslaio:
-Minha cara essas criaturas minúsculas em grande azáfama e que se atropelam com o maior desdém, já não têm salvação.
Ao que a outra responde sempre conciliadora:
- Verá, minha amiga, que ainda é destes seres quase insignificantes que virá a redenção ao mundo.
-Não teria tantas esperanças.
E por fim lá decidem calar-se para não perturbar ainda mais o corrupio enlouquecido daquela rua num fim de tarde como qualquer outro.
-Perdoai-lhes Senhor que de tão confusos não sabem o que fazem.
A que lhe está imediatamente a seguir olha-a de soslaio:
-Minha cara essas criaturas minúsculas em grande azáfama e que se atropelam com o maior desdém, já não têm salvação.
Ao que a outra responde sempre conciliadora:
- Verá, minha amiga, que ainda é destes seres quase insignificantes que virá a redenção ao mundo.
-Não teria tantas esperanças.
E por fim lá decidem calar-se para não perturbar ainda mais o corrupio enlouquecido daquela rua num fim de tarde como qualquer outro.
domingo, maio 11, 2008
Letra e tango encontraram-se :)
Nanny
a noite
passada
te vi
ousada
tentada
dançavas
colada
sorrias
sonhavas
tangavas
prazias
sem fim
nos braços
de outro
fugindo de mim.
teus olhos
fulgentes
brilhavam
contentes
sorriam
mentiam
oh céus!
cruzavam
com outros não meus!
Nanny!
a noite
passada
folgavas
fruías
bailavas
e rias
sem pena
de mim.
quisera
Nanny
não foras assim.
teus lábios
carnudos
sorriam
tão mudos
teus braços
desnudos
d’ abraços
teúdos
fugiram
de mim.
prouvera
Nanny
não foras assim.
oh Deus!
meus olhos
banhados
de lágrimas
fugiram
irados
dos teus.
ciúme
senti.
lograste
Nanny
fugir
de mim?
assume
Nanny
porqu'és tu assim?
Nanny
a noite
passada
te vi.
transavas
com outro
sorrias
tangavas
cantavas
curtias
beijavas
fugindo
p’ra sempre
de mim!
publicada por Pólux
terça-feira, maio 06, 2008
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