quarta-feira, março 11, 2009

Convento de Santa Maria da Vitória - Batalha

Nave Central

Capela do Fundador

o octógono da Capela do Fundador
Claustro Real

Sala do Capítulo
(Túmulo do Soldado Desconhecido da I Guerra Mundial)


Capelas Imperfeitas

Este convento foi mandado construir por D. João I em 1386 para agradecer a vitória na batalha de Aljubarrota em 1385 vindo a tornar-se o simbolo mais marcante da Dinastia de Avis. A igreja começou a ser construida sob a direcção do arquitecto Afonso Domingues ao qual se deve grande parte das estruturas da igreja e duas alas do Claustro Real. Em 1402 a direcção das obras foi entregue a Huguet (arquitecto Catalão) o qual dotou o mosteiro de uma matriz gótica flamejante. Sob a sua direcção se construiram o abobamento dos espaços da igreja, e da Sala do Capítulo (Túmulo do Soldado Desconhecido), a construção da Capela do Fundador (primeiro panteão português onde se encontram os restos mortais de D. João I e D. Filipa de Lencastre e de seus filhos)e o início das Capelas Imperfeitas (panteão onde se encontram os restos mortais de D. Duarte e D. Leonor de Aragão). Em meados do século XV, construiu-se o claustro de D. Afonso V num estilo de linhas simples e austeras caracteristicas do Gótico Afonsino (sob a direcção do arquitecto, Fernão de Évora). As obras continuaram até ao século XVI, durante o reinado de D. Manuel.

2 comentários:

Zénite disse...

Cara Maite,

Diria que é um mosteiro belo e… de boa memória. Gostaria de poder dizer o mesmo de quem o mandou construir, mas não consigo. Veja a Maite como é possível o rei João I ter mandado queimar vivo, no Rossio, um nobre do paço, de seu nome Fernão d’Afonso, só porque este mantinha uma relação amorosa com uma senhora da corte, contra a vontade do rei. Creio tratar-se de exagerado despeito e exaltada ciumeira de D. João I, e de tal ordem, que nem o facto de D. Filipa de Lencastre e vários fidalgos lhe terem pedido encarecidamente que perdoasse ao desgraçado, surtiu qualquer efeito. De notar que entre tais nobres se encontrava um irmão do pobre enamorado, João Afonso de Santarém, desembargador do Paço e conselheiro do rei, que muito o considerava, e ao lado do qual se batera de forma heróica em Aljubarrota. Como estranhar não ter ouvido este, quando nem sequer ouviu a sua nobre esposa? Machista, o homem, que obrigou as donszelas da corte a casarem - da noite para o dia! - com quem não gostavam.

Para o caso de a Maite pretender ler na íntegra o triste episódio, constante das págs. 55 a 60 do Vol. VI da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes, aqui lhe deixo o endereço (Biblioteca Nacional Digital):

http://purl.pt/416/3/hg-17356-p_vol6/hg-17356-p_vol6_item3/hg-17356-p_vol6_PDF/hg-17356-p_vol6_PDF_24-C-R0075/hg-17356-p_0000_capa5-capa6_t24-C-R0075.pdf

De boa memória, também, estas suas belas fotos. Como todas as restantes, aliás, designadamente as das primaveris caminhadas. :)

Com um abraço.

Maite disse...

Caro Zénite

Caramba :( ele fez mesmo isso?! Que grande maldade. Tinha-o como um herói mas depois desse episódio vou rever esse meu conceito acerca dele.

Obrigada por me deixar o endereço :)

Ainda bem que gosta das minhas fotos :)

Um abraço para si também