Oxigénio é o verdadeiro nome da peça de teatro encenada por Júlio Cardoso e levada à cena pelo grupo Seiva Trupe no auditório do Teatro do Campo Alegre no Porto.
Oh que xi génio! É o título de um artigo sobre Lavoisier escrito por alunos de uma escola do Porto e que está afixado à entrada do auditório.
Para começar o ambiente no auditório é mesmo de laboratório. O público senta-se em cadeiras muito desconfortáveis e veste batas azuis(não chegaram para todos) antes de entrar. Há duas bancadas, uma na frente da outra e o palco é no próprio chão do auditório, no meio das duas bancadas. O único adereço vísivel, logo no início, é uma pequena “piscina” de água quente que serve de sauna para as mulheres dos cientistas que estão em Estocolmo, a convite de Gustavo III, para esclarecer a questão “quem foi o primeiro cientista a descobrir o oxigénio”: Lavoisier, Scheele ou Priestley. Nas paredes laterais e, entre cenas da peça, são mostrados videos de moléculas em movimento, organizando-se e desorganizando-se e alguns também de luz fractal (eu chamei-lhe assim).
A peça move-se entre dois tempos, o século XVIII e o século XXI. Enquanto no séc:18 os três cientistas debatem a questão “quem foi o primeiro a descobrir o oxigénio”, no séc: 21 o Comité Nobel debate a atribuição do prémio retro-nobel a um destes três cientistas pela mesma descoberta.
O tema aglutinador da peça pode resumir-se nesta frase de Madame Lavoisier “O objectivo da ciência é o conhecimento mas, o objectivo dos cientistas é a reputação”. A peça é feita de simetrias e bipolaridades (o oxigénio é uma estrutura com essa caracteristica): o mundo antes e depois da revolução química; a fachada e os bastidores da ciência e os universos paralelos dos homens e das mulheres.
O actor que mais apreciei foi Fernando Landeira que desempenha o papel de Lavoisier e de um cientista do comité ( são 6 actores que desempenham o papel de treze personagens). A forma tão expressiva e cativante como interpreta a personagem quase que “obriga” o público a ser parcial e a escolher Lavoisier como o legítimo “pai” do oxigénio. Saliento, porém, que todo o elenco é magnífico.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
Oh que xi génio!
Lavoisier: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"
Amanhã, conto mais... :)
Amanhã, conto mais... :)
domingo, janeiro 22, 2006
Notícias do Mundo
Em dia de Eleições, porque não reflectirmos todos também(nomeadamente e principalmente os políticos) sobre os graves problemas que assolam o nosso planeta e os seus habitantes.
Somália
Brasil
Burkina Faso
China
Angola
União Europeia
E.U
P.S. estes anexos foram-me enviados por e.mail e por coincidência abri-os hoje.
Somália
Brasil
Burkina Faso
China
Angola
União Europeia
E.U
P.S. estes anexos foram-me enviados por e.mail e por coincidência abri-os hoje.
sábado, janeiro 21, 2006
A minha segunda Prova de Orientação
Já se imaginaram no meio de uma mata de cerca de 386 hectares, onde nunca foram e ter que percorrê-la a pé de acordo com um plano estabelecido? Há sempre a eventualidade de se ficar perdido ;) não para sempre, claro :) (há sempre uma equipa de emergência com ambulâncias e polícia). De mapa, bússula e chip na mão, lá fui eu participar na minha segunda Prova de Orientação (organizada pela Federação Portuguesa de Orientação). É um desporto que me fascina pelas suas características: a surpresa, o contacto com a Natureza, o espírito de cooperação dentro do grupo (três pessoas, no meu caso), a interajuda entre grupos (quando estamos um "bocadinho" perdidos) a resistência perante obstáculos físicos, o aperfeiçoamento do sentido de orientação (é tão fácil, de repente, ficarmos "desnorteados") e a concentração necessária para nos voltarmos a situar.Para não falar que é um desporto extremamente divertido.
Hoje, tal como da primeira vez, também havia provas de competição. Mas eu, claro, fazia parte das provas para amadores :)))). Mas estou convicta que vou chegar ao topo das provas amadoras :)
Hoje, tal como da primeira vez, também havia provas de competição. Mas eu, claro, fazia parte das provas para amadores :)))). Mas estou convicta que vou chegar ao topo das provas amadoras :)
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Os valores
A propósito de um comentário da Amok_she, lá no blog dela, sobre a transparência.
A transparência é um valor, indiscutivelmente. E como valor que é, ou existe ou não existe e não há meio termo. Ou falando em termos cromáticos, ou é branco ou é preto e não há tonalidades. Isso não impede de revestirmos a nossa vida de matizes brilhantes (os joguinhos de sedução de que ela fala) sem nunca perdermos de vista as pedras basilares (os valores). E associada à transparência, está sem margem para dúvidas, o respeito pelos outros ou como muito bem disse o Portocroft lá no seu blog
"A forma como uns e outros olham o mundo, não é melhor nem pior. Não é mensurável nem discutível e, muito menos, catalogável. É a de cada um. E todas são válidas.
Por isso:
Se “Vê moinhos? São moinhos!”
Se “Vê gigantes ?São gigantes!” "
Este seu comentário a propósito de um poema de António Gedeão "Impressão Digital"
A transparência é um valor, indiscutivelmente. E como valor que é, ou existe ou não existe e não há meio termo. Ou falando em termos cromáticos, ou é branco ou é preto e não há tonalidades. Isso não impede de revestirmos a nossa vida de matizes brilhantes (os joguinhos de sedução de que ela fala) sem nunca perdermos de vista as pedras basilares (os valores). E associada à transparência, está sem margem para dúvidas, o respeito pelos outros ou como muito bem disse o Portocroft lá no seu blog
"A forma como uns e outros olham o mundo, não é melhor nem pior. Não é mensurável nem discutível e, muito menos, catalogável. É a de cada um. E todas são válidas.
Por isso:
Se “Vê moinhos? São moinhos!”
Se “Vê gigantes ?São gigantes!” "
Este seu comentário a propósito de um poema de António Gedeão "Impressão Digital"
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Soneto
Correm turvas as águas deste rio
Que as do céu e as do monte as enturbaram;
Os campos florescidos se secaram;
Intratável se fez o vale, e frio.
Passou o Verão, passou o ardente estio;
Umas cousas por outras se trocaram;
Os fementidos Fados já deixaram
Do mundo o regimento ou desvario.
Tem o tempo sua ordem já sabida;
O mundo, não; mas anda tão confuso,
Que parece que dele Deus se esquece.
Casos, opiniões, natura e uso
Fazem que nos pareça desta vida
Que não há nela mais que o que parece.
Luís de Camões
Que as do céu e as do monte as enturbaram;
Os campos florescidos se secaram;
Intratável se fez o vale, e frio.
Passou o Verão, passou o ardente estio;
Umas cousas por outras se trocaram;
Os fementidos Fados já deixaram
Do mundo o regimento ou desvario.
Tem o tempo sua ordem já sabida;
O mundo, não; mas anda tão confuso,
Que parece que dele Deus se esquece.
Casos, opiniões, natura e uso
Fazem que nos pareça desta vida
Que não há nela mais que o que parece.
Luís de Camões
domingo, janeiro 15, 2006
Teste a sua capacidade...
...de orientação, de resolução de problemas, de resistência ao fracasso, de determinação em alcançar os seus objectivos :)
aqui
Your rating
1. Conseguiu à primeira - Genial:) você é um/a executivo/a de sucesso em todos os aspectos da sua vida
2. Tentou várias vezes até conseguir - você é muito persistente, um/a resistente e por isso vai ganhar todos os desafios:)
3. Tentou, mas não conseguiu à primeira e desistiu - você é um/a fraco/a e lembre-se que dos fracos não reza a história. Tente novamente :)
aqui
Your rating
1. Conseguiu à primeira - Genial:) você é um/a executivo/a de sucesso em todos os aspectos da sua vida
2. Tentou várias vezes até conseguir - você é muito persistente, um/a resistente e por isso vai ganhar todos os desafios:)
3. Tentou, mas não conseguiu à primeira e desistiu - você é um/a fraco/a e lembre-se que dos fracos não reza a história. Tente novamente :)
sexta-feira, janeiro 13, 2006
Fernando Pessoa
Contemplo o lago mudo
que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.
O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo.
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.
Trémulos vincos risonhos
Na água adormecida
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?
que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.
O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo.
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.
Trémulos vincos risonhos
Na água adormecida
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?
domingo, janeiro 08, 2006
Os Links
Hoje decidi fazer os links. Quem não quiser ser linkado é só dizer e eu deslinko. :)))) (mas não façam isso, ok?)
Há cerca de uma ano atrás, tive conhecimento da blogosfera e andei à procura de um lugar onde me “sentisse em casa”, onde gostasse de participar e cerca de dois meses depois encontrei o Murcon. A partir daí entrei, oficialmente, na blogosfera não com um blog mas como "comentadora". Não vou tecer considerações àcerca do Murcon, apenas dizer que é um blog de referência para mim, onde conheci bloguistas que muito admiro e fazer um brinde ao Professor.
O Portocroft, um grande amigo meu da blogosfera (ele nem suspeita). A nossa “relação”, apesar de ser apenas blogosférica, também tem altos e baixos. É sempre um prazer ler os seus poemas e textos e gosto da parceria dele com a Lara. Saliento o Tema de Croft, que é magnífico.
O Lobices, com quem tive também imensas desavenças, mas por quem nutro um grande carinho. Pensei já em deixar-lhe aqui uma flor para agradecer todos os textos e flores que nos ofereceu, no seu blog, no ano que findou.
O Pólux, o meu leitor predilecto porque mais assíduo e apesar dos comentários breves, são sempre muito belos tal como os seus blogs, um de poesia e que no momento tem um poema magnífico aliado a um tango que os torna uma simbiose perfeita. E outro sobre a guerra do Iraque, tema que me é muito caro por pôr em relevância o sofrimento injusto de tantos seres humanos.
O RAM, que me despertou o interesse pela poesia de Al Berto e agradeço a sua gentil visita.
A Amok_she , cujo primeiro contacto blogosférico foi uma espécie de batalha campal no Murcon respeitante a triângulos. Ela é a favor e eu sou absolutamente contra. Imaginem, portanto, quão díficil é esta“relação”. Aliás de momento estou muito chateada com ela e nem sequer comento no seu blog porque, apesar de eu ter um blog (recente, eu sei) nunca me visitou, nem para me dizer que o meu blog é muito fatela ;).
O sr noiseformind , cujos textos estão em conflito aberto com os meus princípios e por isso nunca deixei nenhum comment. (ele detesta-me, oops). Há, porém, um texto que me tocou profundamente.
A rua dos contos , um espaço delicioso que encontrei através do Portocroft e que visito avidamente.
A Papu, onde leio notícias da minha querida Londres.
O Acidental , também leio, principalmente as “crónicas” do Rodrigo Moita de Deus. Aliás, só pelos títulos já sei que são dele e começo logo a esboçar um sorriso (ele nunca irá ler este comentário, mas só, porque é uma pessoa ocupadíssima, claro)
O Da., que tem um blog com um nome muito invulgar onde coloca fotografias sobre o quotidiano e textos que são uma delícia.
A Alê que prometo visitar brevemente.
Há cerca de uma ano atrás, tive conhecimento da blogosfera e andei à procura de um lugar onde me “sentisse em casa”, onde gostasse de participar e cerca de dois meses depois encontrei o Murcon. A partir daí entrei, oficialmente, na blogosfera não com um blog mas como "comentadora". Não vou tecer considerações àcerca do Murcon, apenas dizer que é um blog de referência para mim, onde conheci bloguistas que muito admiro e fazer um brinde ao Professor.
O Portocroft, um grande amigo meu da blogosfera (ele nem suspeita). A nossa “relação”, apesar de ser apenas blogosférica, também tem altos e baixos. É sempre um prazer ler os seus poemas e textos e gosto da parceria dele com a Lara. Saliento o Tema de Croft, que é magnífico.
O Lobices, com quem tive também imensas desavenças, mas por quem nutro um grande carinho. Pensei já em deixar-lhe aqui uma flor para agradecer todos os textos e flores que nos ofereceu, no seu blog, no ano que findou.
O Pólux, o meu leitor predilecto porque mais assíduo e apesar dos comentários breves, são sempre muito belos tal como os seus blogs, um de poesia e que no momento tem um poema magnífico aliado a um tango que os torna uma simbiose perfeita. E outro sobre a guerra do Iraque, tema que me é muito caro por pôr em relevância o sofrimento injusto de tantos seres humanos.
O RAM, que me despertou o interesse pela poesia de Al Berto e agradeço a sua gentil visita.
A Amok_she , cujo primeiro contacto blogosférico foi uma espécie de batalha campal no Murcon respeitante a triângulos. Ela é a favor e eu sou absolutamente contra. Imaginem, portanto, quão díficil é esta“relação”. Aliás de momento estou muito chateada com ela e nem sequer comento no seu blog porque, apesar de eu ter um blog (recente, eu sei) nunca me visitou, nem para me dizer que o meu blog é muito fatela ;).
O sr noiseformind , cujos textos estão em conflito aberto com os meus princípios e por isso nunca deixei nenhum comment. (ele detesta-me, oops). Há, porém, um texto que me tocou profundamente.
A rua dos contos , um espaço delicioso que encontrei através do Portocroft e que visito avidamente.
A Papu, onde leio notícias da minha querida Londres.
O Acidental , também leio, principalmente as “crónicas” do Rodrigo Moita de Deus. Aliás, só pelos títulos já sei que são dele e começo logo a esboçar um sorriso (ele nunca irá ler este comentário, mas só, porque é uma pessoa ocupadíssima, claro)
O Da., que tem um blog com um nome muito invulgar onde coloca fotografias sobre o quotidiano e textos que são uma delícia.
A Alê que prometo visitar brevemente.
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Que do silêncio nasça a vida!
Silêncio obscuro
Que me preenches,
Me levas por veredas
Inquietas e doces,
Despe-me dos meus
Enunciados inúteis
Varre-me de pulsantes
Tremores.
Silêncio de alma contido
Buscando no vale encantado
Proezas de horas incertas
Rumando em casos perdidos.
Silêncio jamais acabado
Caiando paredes desnudas
Gritando enormes bravuras
Caindo em praias desertas.
Silêncio fulgurante,
Estratega dos guerreiros
Visionários e hermitas
por quem as desditas
Jamais se levantam.
Que me preenches,
Me levas por veredas
Inquietas e doces,
Despe-me dos meus
Enunciados inúteis
Varre-me de pulsantes
Tremores.
Silêncio de alma contido
Buscando no vale encantado
Proezas de horas incertas
Rumando em casos perdidos.
Silêncio jamais acabado
Caiando paredes desnudas
Gritando enormes bravuras
Caindo em praias desertas.
Silêncio fulgurante,
Estratega dos guerreiros
Visionários e hermitas
por quem as desditas
Jamais se levantam.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Munch (por mim)
Estampado em faces ovais,
Réplicas sonoras
De um grito insondável
E profundo,
Cavado na própria desordem cósmica.
A angústia
Talhada nos recortes
De um horizonte diluido
Pela insistência atroz
da vulgaridade.
Ondas
Estonteantes de um céu
Impregnado do cheiro acre
da morte.
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