sexta-feira, julho 11, 2008

Palácio Nacional de Mafra

05/07/08
Símbolo do reinado de D. João V, com uma arquitectura simultaneamente barroca e neoclássica, é considerado um dos mais notáveis edifícios históricos do século XVIII. Este edifício de dimensões invulgares (37.790 m2), que resistiu ao terramoto de 1755, é também um dos monumentos históricos de maior envergadura da Europa só comparado a outros monumentos notáveis da mesma época como: o Palácio de Versailles, o Palácio de Schönbrunn, o Palácio Real de Madrid, a Catedral de Santiago de Compostela, o Palácio Real e Cascatas de Caserta, o Museu do Ermitage e o Circus de Bath.

O lançamento da primeira pedra ocorreu a 17 de Novembro de 1717 e o arquitecto responsável pela obra foi João Frederico Ludwig que se apoiou nas ideias de grandes arquitectos italianos como António Canevari, Carlos Fontana ou Tomazzo Mattey.

No terceiro piso e nos dois soberbos torreões que limitam a fachada principal situam-se os aposentos dos reis, sendo o torreão norte os aposentos do rei (D. João VI) e o torreão sul os da rainha (D. Carlota Joaquina). Entre os dois torreões situam-se 9 salas com portas de ligação entre elas que formam uma enorme galeria de 232m e que servia de passeio público interior tão ao gosto das damas do século XVIII (penso que tinham horror a ficar bronzeadas) :) O Palácio Real era constituído por apenas 666 divisões das 1180 deste enorme edifício.

As alas laterais pertenciam à ordem religiosa dos franciscanos no reinado de D. João VI, sendo a ala norte constituida por uma enfermaria para doentes terminais, farmácia, cozinha e celas dos frades enfermeiros. A ala sul guarda, entre outras coisas, uma esplendorosa biblioteca de 85m de cumprimento por 9,5m de largura cujo valioso recheio é composto por cerca de 40.000 volumes, predominando obras impressas nos séculos XVI, XVII e XVIII, nacionais e estrangeiras. É considerada a mais típica Livraria monástico-real do século XVIII existente em Portugal.

1 comentário:

Maite disse...

errata: pensando melhor o trajecto dentro do edifício, a biblioteca não se situa na ala sul mas numa ala paralela à fachada principal, existindo entre elas um claustro interior e um jardim.